Capítulo 2 Histórico

Histórico da Genética de Populações


2.1 Evolução do pensamento evolutivo


2.2 Linha do tempo

1809
Jean-Baptiste Lamarck publica Philosophie Zoologique, apresentando novas idéias sobre o processo de evolução.
1830–1833
Charles Lyell publica Principles of Geology, popularizando a idéia de que a Terra foi moldada por frças de ação lenta que ainda operam hoje em dia.
1831–1836
Charles Darwin serve como naturalista a bordo do HMS Beagle.
1836–1858
Darwin desenvolve suas idéias de que a evolução pode explicar a descendência com modificação por seleção natural.
1842–1844
O primeiro ensaio de Darwin sobre seleção natural.
1858
Darwin e Alfred Russel Wallace publicam artigos sobre seleção natural.
1859
Darwin publica On the Origin of Species.
1858–1900
O estudo da evolução dominado por estudos de palentologia, desenvolvimento e morfologia
1866
Gregor Mendel publica seu artigo sobre a genética das ervilhas. Ernst Haeckel publica seu diagrama da Árvore da Vida.
1900
Redescoberta do trabalho de Mendel por múltiplos pesquisadores.
1900–1918
Os princícios básica da herança genética são estabelecidos.
1908
T. H. Morgan estabelece seus laboratório de Drosophila na Universidade da Colúmbia; esclarece o papel dos cromossomos na herança.
1918–1936
Fundação da genética de populações por R. A. Fisher, J. B. S. Haldane e S. Wright.
1936–1947
“Síntese Moderna” da genética e evolução.
1937
Theodosius Dobzhansky publica Genetics and the Origin of Species.
1942
Ernst Mayr publica Systematics and the Origin of Species.
1944
G. G. Simpson publica Tempo and Mode in Evolution.
1947–1960
Ênfase ne evolução dos cromossomos, modelos de especiação, variação geográfica, continuação do desenvolvimento da genética de populações.
1950
Willi Hennig publica Grundzüge einer Theorie der phylogenetischen Systematik. G. L. Stebbins publica Variation and Evolution in Plants.
1953
James Watson e Francis Crick publicam seu artigo sobre a estrutura do DNA.
1959
Bernhard Rensch publica Evolution above the Species Level.
1960–1980
Introdução dos estudos moleculares da variação; desenvolvimento de métodos quantitativos explícitos para análise filogenética; avanços no conhecimento sobre seleção sexual, evolução do comportamento e co-evolução.
1962
Emile Zuckerkandl e Linus Pauling publicam sua hipótese de relógio molecular.
1968
Motoo Kimura publica sua teoria neutra da evolução molecular.
1970
Susumu Ohno publica Evolution by Gene Duplication.
1975
E. O. Wilson publica Sociobiology.
1975–1979
Desenvolvimento métodos rápidos para o sequênciamento de DNA.
1980–presente
Aumento exponencial dos estudos de evolução, especialmente evolução molecular, aplicações filogenéticas, estudos experimentais e processos evolutivos do desenvolvimento.


2.3 Principais pensadores


2.3.1 Charles Darwin


[Charles Darwin](https://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin) (1809--1882),naturalista inglês.

Figura 2.1: Charles Darwin (1809–1882),naturalista inglês.


On the origin of species by means of natural selection, or the preservation of favoured races in the struggle for life 1859.

As espécies evoluem gradualmente por seleção natural.

A teoria evolutiva de Darwin se baseou na teoria obsoleta da pangenia (pangenesis), um mecanismo de herança hipotético no qual cada parte do corpo dos pais emitia minúsculas partículas chamadas gêmulas, que migravam pelo corpo para contribuir com os gametas dos pais, seus óvulos ou espermatozoides. Tal mecanismo implicava não só na herança lamarckiana das características adquiridas como também na herança por miscegenação (blending). Tal teoria era tão problemática para o processo evolutivo que levantou já há época fortes críticas (Holterhoff 2014; Porter 2014). A pangenia e a herança por miscegenação foram rejeitadas pela eventual aceitação generalizada da teoria da herança particulada de Gregor Mendel.


2.3.2 Gregor Mendel


[Gregor Mendel](https://en.wikipedia.org/wiki/Gregor_Mendel) (1822--1884), monge austríaco.

Figura 2.2: Gregor Mendel (1822–1884), monge austríaco.


Versuche über Pflanzen-Hybriden (1865)

Leis da hereditariedade.

Herança particulada.


2.3.3 A redescoberta de Mendel

Redescoberta do trabalho de Mendel no início do século XX.

Confirmação da hereditariedade particulada 30 anos depois.

Erich von Tschermak (1871–1962), agrônomo austríaco.
Hugo de Vries (1848–1935), botânico holandês.
Carl Correns (1864–1933), botânico alemão.
William J. Spillman (1863–1931), agrônomo estadunidense.


2.3.4 Ronald A. Fisher


[Ronald A. Fisher](https://en.wikipedia.org/wiki/Ronald_Fisher) (1890--1962), matemático britânico.

Figura 2.3: Ronald A. Fisher (1890–1962), matemático britânico.


The Genetical Theory of Natural Selection (1930)

Genética quantitativa


2.3.5 J. B. S. Haldane


[J. B. S. Haldane](https://en.wikipedia.org/wiki/J._B._S._Haldane) (1892--1964), geneticista britânico.

Figura 2.4: J. B. S. Haldane (1892–1964), geneticista britânico.


Na consideração da evolução, uma teoria matemática pode ser considerada como um tipo de andaime dentro do qual uma teoria razoavelmente segura, expressável em palavras, pode ser construída.

Haldane 1964


A Mathematical Theory of Natural and Artificial Selection. Parte I (1924); Parte II (1924); Parte III (1926); Parte IV (1927); Parte V (1927); Parte VI (1930); Parte VII (1931); Parte VIII (1932); Parte IX (1932); Parte X (1934).


2.3.6 Sewall Wright


[Sewall Wright](https://en.wikipedia.org/wiki/Sewall_Wright) (1889--1988), geneticista estadunidense.

Figura 2.5: Sewall Wright (1889–1988), geneticista estadunidense.


Evolution in Mendelian Populations (1931)

Deriva gênica > Seleção natural

Paisagem adaptativa.

2.4 Exemplos notáveis do processo microevolutivo


2.4.1 Melanismo industrial


O caso do melanismo industrial na mariposa salpicada (_Biston betularia_) tem sido usado como exemplo didático da seleção natural darwiniana em ação há meio século.

Figura 2.6: O caso do melanismo industrial na mariposa salpicada (Biston betularia) tem sido usado como exemplo didático da seleção natural darwiniana em ação há meio século.


Majerus 2009. doi: 10.1007/s12052-008-0107-y

Cook & Saccheri 2012. doi: 10.1038/hdy.2012.92

van’t Hof et al. 2016. doi: 10.1038/nature17951

van’t Hof et al. 2019. doi: 10.1098/rsbl.2019.0582